Sindmotoristas lamenta a morte de borracheiro na Via Sul

É com pesar que a direção do sindicato informa e lamenta profundamente a morte de Edmar Silva dos Santos, 29 anos, borracheiro da empresa Via Sul (Guaiana). O companheiro foi vítima de um acidente de trabalho, um ônibus BRT caiu sobre seu corpo, no final de tarde desta sexta-feira (15/2).
Edmar trabalhava a pouco tempo na empresa,  na próxima segunda-feira (18/2) completaria 90 dias no setor de manutenção.
O Sindmotoristas exigirá do patrão toda assistência necessária para sua mulher e seus dois filhos pequenos que, infelizmente, perderam o carinho do esposo e pai querido.
Além disso, uma inspeção de segurança e investigação das causas do acidente serão realizadas pelas secretarias de Saúde e de Assuntos da Manutenção da entidade, a fim de verificarem se as normas de saúde e segurança do trabalho e a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria eram cumpridas rigorosamente pela pela Via Sul.
Neste momento de dor e tristeza, rogamos a Deus que conforte o coração de seus familiares e amigos.

Trabalhadores da Imperial Transportes fazem greve em SP

Paralisação atingiu linhas das regiões leste e sudeste da cidade, nesta sexta-feira (15).

Os motoristas e cobradores bloquearam a garagem da viação na região do bairro do Cambuci, na zona sul da capital, em protesto contra o pagamento dos salários e benefícios que estão atrasados há pelo menos três meses.

A empresa prometeu regularizar a situação o quanto antes. Os representantes dos trabalhadores disseram que se o patronal não pagar os direitos devidos, nova paralisação deverá ocorrer.

A Imperial Transportes possui 10 linhas que circulam com 151 ônibus, principalmente nos bairros de Sapopemba e São Mateus, na zona leste da capital.Veja quais as linhas afetadas:

573A/10 – Metrô Bresser – Vila Alpina
513C/10 – Vila Califórnia – E.T. Itaquera
3161/10 – Jardim Colorado – Terminal Parque Dom Pedro
476G/41 – Vila Industrial – Metrô Ana Rosa
2590/10 – União de Vila Nova – Pq. Dom Pedro
574C/10 – São Mateus – Divisa São Caetano
574R/10 – Terminal Sapopemba – Metrô Belém
476G/10 – Jardim Elba-Ibirapuera
574A – Tatuapé-Divisa São Caetano

Situação precária de viadutos de São Paulo preocupa a população

Acidente com um viaduto na pista expressa da Marginal Pinheiros, infiltrações, falta de gradil, buracos e outras falhas em diversas estruturas que compõem os 571 viadutos, pontes, pontilhões, passarelas e túneis da capital paulista. Infelizmente, o cenário falaria por si só. No entanto, as notícias alarmantes sobre as construções são ainda mais chocantes, deixando a população em constante alerta. Matérias veiculadas na grande imprensa no final de 2018, logo após o acidente na zona oeste de São Paulo, mostram o descaso do poder público, a falta de fiscalização e, sobretudo, a impunidade.
O último relatório contratado pela Prefeitura, em 2012, apontou problemas relacionados a falta de manutenção e dados em 85% dos locais analisados. Apesar dos números impactantes, foi constatado também que a administração municipal tinha utilizado até novembro do ano passado apenas 5% do orçamento anual destinado para conservação e manutenção dos viadutos e pontes. Enquanto a previsão inicial era de R$ 44,7 milhões, foram gastos somente R$ 2,4 milhões.
“Seria cômico, se não fosse trágico. Acompanhamos, dentro do que está ao nosso alcance, as condições de ruas, avenidas e demais estruturas por onde passam os nossos motoristas. Quando aconteceu a queda do viaduto na marginal Pinheiros, pressionamos o poder público para que alguma medida fosse tomada para minimizar os transtornos aos trabalhadores e para a população. Buscamos garantir que os condutores sejam minimamente impactados por problemas nas vias públicas mas, infelizmente, dependemos de uma ação mais efetiva do governo”, afirmou o presidente, em exercício, do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso).
O líder sindical, junto com a diretoria do Sindicato, está atento a todas as questões relacionadas ao transporte da maior capital do país. Porém, muitas vezes esbarra na burocracia ou, até mesmo, na falta de interesse. “O problema é que essa negligência pode custar a vida de muitas pessoas inocentes. É preciso ter responsabilidade e tomar as medidas necessárias. Não basta prometer, tem que cumprir”.

Procuradoria da Fazenda contraria interesses de empresários inadimplentes com INSS

Pela portaria 19, de 8 de fevereiro da PGFN – Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Economia , publicada no Diário Oficial  da União na segunda-feira (11/02), contraria interesses de empresários de ônibus urbano de São Paulo e anula certidões conjuntas em favor das empresas ligadas aos grupos Ruas e Abreu, que participam da licitação.
Este procedimento assinado pelo procurador da Fazenda Nacional, Estéfano Gimenez Nonato, da 3ª Região, no Estado de São Paulo, impede que as empresas: Expansão Transportes Urbanos S/A; Viação Metrópole Paulista S/A; Via Sudeste Transportes S/A; Viação Grajaú S/A e Ambiental Transportes Urbanos S/A, sejam habilitadas no processo de licitação.
Para os empresários as novas empresas criadas para participarem de licitações não é ilegal e, a gestão Bruno Covas (PSDB), que recebeu a documentação das empresas e as propostas no dia 05 de fevereiro, ainda analisa a papelada entregue pelas viações que somam quase nove mil páginas.

Estrutura física de ponto final não acompanha evolução do transporte e causa transtornos a motoristas

Mais uma vez os trabalhadores estão pagando pela falta de ação efetiva do poder público. Não é de hoje que o Sindmotoristas luta para evitar que os condutores sejam multados indevidamente. Muitos companheiros já chegaram a ter a CNH retida devido a aplicação de penalidades erroneamente. E, apesar de 2019 ter apenas começado, o Sindicato está na ativa para evitar novos prejuízos à categoria. O problema, agora, envolve a Linha 1178, cujo ponto final fica em São Miguel, na Praça Antonio Assis Pereira. A falta de estrutura do local para receber os coletivos de 23 metros tem causado transtornos à população e, sobretudo, aos motoristas. A expectativa é de que a questão seja resolvida em cerca de 15 dias.
“Aquele ponto é muito antigo e não acompanhou a evolução do transporte. Ele comportava carros convencionais mas, agora, os veículos têm mais de 20 metros. Não há espaço para a parada dos ônibus e, para ajudar, às quintas-feiras é montada uma feira livre. Sem contar que há uma escola próxima ao trecho, onde vários carros ficam parados esperando as crianças saírem. Diante disso, os nossos motoristas são obrigados a parar em frente a garagens, faixa de pedestre. Os moradores ficam irritados e acabam ligando para a CET, que multa os motoristas, mesmo eles não tendo culpa”, explicou o diretor do Sindmotoristas, Luiz Carlos Paixão (Luizão) que já esteve reunido com representantes da SP Trans, CET e empresários.
O último encontro aconteceu na semana passada, quando Luizão ameaçou parar a Linha caso o problema não seja resolvido. Diante da possibilidade de mobilização, foi prometido o fechamento da praça apenas para os coletivos a partir do dia 1 de março, além do aumento das vagas de estacionamento para os ônibus. Ao todo, 33 carros param na região. As autoridades garantem que a medida será suficiente para que os veículos tenham espaço físico adequado. A mudança é considerada paliativa até que haja mudança de Linha com a aprovação da licitação do transporte da capital paulista. A CET também se comprometeu em não mais multar os motoristas.
A expectativa, agora, é de que a promessa seja colocada em prática, já que, por enquanto, nada foi feito. Segundo Luizão, não houve nenhuma intervenção desde a conversa. “Passei lá hoje e estava do mesmo jeito que deixamos. Se não ficar pronto no prazo combinado, vou solicitar a permissão do presidente e paralisar a linha. Não podemos ser obrigados a parar ali, pois é o ponto final, correr o risco de perder a carteira e depois ser mandado embora por justa causa. O papel do Sindicato é proteger o trabalhador”, garantiu Luizão.